Quando ouço Milton Nascimento tenho a impressão que ele veio ao mundo com a missão de cantar para ninar os anjos, tal é a suavidade serena da voz desse mineiro. Aliás, nunca fui a Minas Gerais, mas tenho adoração pelo estado e por todo o presente artístico e cultural que Minas nos deu. Não que os demais estados não o tenham feito, mas Minas tem um Q especial, uma Ouro Preto, Aleijadinho, Drummond, Lobato, Milton, 14 Bis, etc etc etc...
Mas voltando ao Milton e sua voz de ninar os anjos. Selecionei aqui quatro canções as quais gosto muito e vou falar um pouco sobre cada uma na ordem que aparecem. A primeira é "Outro Lugar", que é uma canção que fala de certa forma, de um amor que está longe e por isso, tem bastante haver com o que vivo com o Iuri. Depois vem "Nos Bailes da Vida" que me veio hoje a cabeça que tem bastante a ver com esse serviço de recenseadora, ir onde o povo está, em cada cantinho, cada pessoa... pena é ter que transformar cada uma em estatística, porque renderia muita "história social"... Já "Maria Maria" fala de muitas mulheres, não só brasileiras, mas no mundo, que lutam, que sorriem e choram, fala sobre o ser mulher numa forma poética (não que devemos nos contentar, sorrir, essencializar e aceitar, mas é preciso ver como as coisas são, mesmo quando se quer mudar), e por último, "Volver a los 17", uma parceria de Milton com Mercedez Sosas, a voz dos anjos e a voz das lutas, uma conciliação estrondosa, arrepiante, profunda, magnífica...
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