queridos pet's

PitaPata Cat tickers PitaPata Cat tickers PitaPata Cat tickers> PitaPata Cat tickers PitaPata Cat tickers

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sei lá

Sei lá... a vida tem sempre razão
Toquinho
Composição : Toquinho / Vinicius de Moraes
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão

domingo, 29 de maio de 2011

Temporada das Flores

Tudo de bom! Linda música, lindo o clipe. Só podia ser o Leoni.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lady Gaga

Quanto mais vejo Lady Gaga, mais acho ela apenas uma exibicionista insuportável. E o que mais me surpreende é o público infantil que ela tem, ou seja, como os pais deixam as crianças ficar vendo e imitando ela. Revoltada no momento com isso. Podem até me achar moralista, mas não acho que ela seja um exemplo legal pras crianças. Abaixo em duas "lindas" performances e o "maravilhoso vestido de carne". Eca!!!



terça-feira, 24 de maio de 2011

Saudade

Quando se está longe dos pagos
A falta do frio faz o calor ser insuportável
Cada gota do chimarrão tem gosto de saudade
Falta o sopro do minuano
A bergamota no sol
A sombra da ameixa amarela
Acordar com o canto das saíras
Nunca me senti tão gaúcha
Como agora, morando longe dos pagos...

domingo, 22 de maio de 2011

Sábado fantástico

Tive um sábado maravilhoso. Saí de casa decidida a mudar. Fui para o salão de beleza e cortei metade dos meus cabelos. Isso mesmo, estava na metade das costas e cortei pelo ombro. Amei.
Dali segui para o ginásio onde acontecia o Campeonato Nacional de Ginástica Rítmica. Maravilhoso (domingo de manhã fui assistir ao campeonato novamente). As meninas são fantásticas e são orgulhos do nosso país. Viva ao esporte, em especial a este tão belo.
Por fim, sábado a noite show do Djavan. É desnecessário comentar. Ele fez um show perfeito, do início ao fim.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um dia frio..

"Um dia, frio, um bom lugar pra ler um livro" é o que diz a música do Djavan. Bem, aqui em Fortaleza continua um calorão que só.. saudades dos frios do sul. De qualquer forma, frio ou calor, estou com ingresso comprado para o show do Djavan, ebaaaaa. Será neste sábado, estou muito feliz por isso.

sábado, 14 de maio de 2011

Aplaudo de pé

Hospital gaúcho abre ala para pajés atenderem índios

União - Campo, Cidade e Floresta | quinta-feira, 12, maio, 2011 19:47:22 at 19:47 | Categories: Uncategorized | URL: http://wp.me/p1duRL-Fg
Para índios, tratamento convencional é insuficiente. Diretor do hospital diz que medida não vai atrapalhar trabalho dos médicos

Daniel Cassol, iG Rio Grande do Sul
Em São Miguel das Missões, a 500 quilômetros de Porto Alegre, os índios da etnia mbyá-guarani agora podem ser atendidos por seu líder espiritual quando forem ao hospital da cidade.


Foto: Reprodução Google Maps
São Miguel das Missões, a 500 quilômetros de Porto Alegre, é patrimônio cultural da humanidade
Pela tradição guarani, a medicina dos “brancos” não atende completamente as necessidades dos indígenas, que recorrem aos rituais e aos “Karaí”, como são chamados os líderes espirituais das comunidades. O problema é que os rituais envolvem rezas, cânticos e o uso do cachimbo, o que não seria adequado ao ambiente hospitalar, onde se deve fazer silêncio e é proibido fumar. Por isso, a direção do hospital São Miguel Arcanjo destinou um espaço apenas aos pacientes indígenas, que poderão receber o tratamento médico e, ao mesmo tempo, o tradicional de sua cultura.

O acordo foi firmado no dia 28 de abril, após uma visita do procurador da República Felipe Müller a uma comunidade mbyá-guarani localizada no interior de São Miguel. Segundo Müller, entre outras reivindicações, os indígenas solicitaram o atendimento especial no hospital da cidade. Ele se reuniu com a direção da instituição, que acatou a sugestão.

O hospital disponibilizou uma sala com banheiro privativo espaço para até três leitos. Até agora, dois indígenas do município foram ao hospital, mas ainda não “usufruíram” do novo espaço.

De acordo com o diretor administrativo da Associação Hospitalar São Miguel Arcanjo, Inácio Müller, os médicos da instituição não se opuseram à iniciativa. “Conversamos com os médicos e eles disseram que, desde que não interferisse na conduta profissional, não haveria problema”, afirma.

Procurado pelo iG, o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Fernando Mattos, informou que a entidade, além de não se opor, exalta a medida, já que se trata de um tradição cultural indígena e não deve interferir na atuação dos médicos.

A lei que regulamentou o Sistema Único de Saúde (SUS), ao falar do subsistema de atenção à saúde indígena, determina o atendimento das “especificidades da cultura dos povos indígenas”, que deve se pautar “por uma abordagem diferenciada e global”. Segundo o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Rio Grande do Sul, Roberto Liebgott, apesar da lei prever um atendimento diferenciado aos indígenas, a prática não é comum, a não ser em comunidades indígenas do norte do Brasil.“Para os indígenas, a espiritualidade é importante no processo de cura. O hospital de São Miguel está de parabéns por essa medida, que valoriza a cultura indígena”, comemora Liebgott.

Situada no noroeste do Rio Grande do Sul, São Miguel das Missões se tornou patrimônio mundial da humanidade por abrigar as ruínas da antiga redução dos jesuítas, onde moravam padres e índios durante o Brasil colonial. No auge das missões, 6 mil pessoas viviam entre os muros.

domingo, 8 de maio de 2011

Leonardo Boff

FEZ-SE VINGANÇA, NÃO JUSTIÇA

Leonardo Boff1

Alguém precisaria ser inimigo de si mesmo, e contrário aos valores
humanitários mínimos, se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda, do
11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável,
que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao
terrorismo, se tenha transformado, ele mesmo, num Estado terrorista. Foi o que fez
Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns
direitos, que eram apanágio do país. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o
Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da
humanidade na qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão
de deslocados.
Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se
produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman, de Melbourne Beach,
da Flórida, que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do
Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta
ao Presidente: ”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso
Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos
de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas
odiosas”.
Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa
Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews, de 28/02/2010,
e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um
ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em
seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo
quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial, de
manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha
conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por
saúde e decência se demitiu do cargo.
Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da
CIA, também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente
ano, na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases
militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam
raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo
Galeano “As veias abertas da América Latina” para ilustrar as barbaridades que
os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter
imperial dos Governos, fundado no uso da inteligência que recomenda golpes
de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se
demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três
tomos “Blowback” (retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência,

Teólogo, filósofo autor de Fundamentalismo, terrorismo, religião e paz, Vozes 2009.

as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como
o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual
situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.
Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos
vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um
método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao
seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.
Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do
crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus”
determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético
universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o
julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Sadan Hussein, do Iraque,
com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros
acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual
Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão,
sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se seqüestrou o cadáver e o
lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de
enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam
de ser humanos.
Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável. ”Minha é a
vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos
sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a
necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Terror x Terror

Em meios a Obamas e Osamas.

Não podemos negar que a morte de Osama Bin Laden foi um marco na história contemporânea.
Mas que guerra mesmo é essa?
O que vemos é uma guerra sem vencedores (com excessão da indústria bélica que lucra seus bi, tri lhões). É uma guerra do terror contra o terror. Uma guerra sem causa, sem ideais, onde dominam o fanatismo e o financeiro. Terror x terror. De um lado, um país imperialista, de outro uma organização fundamentalista. De um lado a dominação preconceituosa, de outro o fanatismo preconceituoso. A comemoração da morte, por ambos os lados, o ideal torna-se "matar ao próximo". Os direitos humanos perdem, a humanidade perde nessa guerra vergonhosa. Quem ganha é o medo, o terror, a força bruta.
Mais uma morte entre tantas. Terror, terror, terror... O filme "Guerra ao Terror", norte-americano, é uma auto-crítica: qual terror? O que fazemos (EUA) ou o que eles fazem?
Neste momento, diante da vergonhosa comemoração estadunidense diante da morte, nós, vergonhosamente baixamos a cabeça e choramos. Não por aquele que foi morto e que há tantos matou, mas pela humanidade que mata e morre, em nome da dominação e do preconceito. Em meio a tanta dor e loucura, a paz ainda perece, mostrando-se um sonho distante.







terça-feira, 3 de maio de 2011

1° maio, para não passar em branco

Fonte: vermelho.org.br

27 de Abril de 2011 - 16h49
1º de Maio: Uma história de luto, rebeldia e luta
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889 por um congresso da Internacional Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época. Hoje, é celebrada em todo o mundo, menos no país onde sucederam os acontecimentos que a inspiraram, os EUA


A polícia não poupou bala nem cassetete para reprimir a greve que originou o 1 de Maio

Leia também:
O Dia do Trabalho no Brasil
A homenagem de Maiakovski

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalhador.

Chicago, maio de 1886

O retrocesso imposto à classe trabalhadora em boa parte do mundo neste momento, em especial na Europa, faz lembrar os primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando o grau de exploração do trabalho era bem maior do que hoje. Salários baixos associadas a longas e extenuantes jornadas eram a regra nas fábricas. A saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.

Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais polos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.

Imprensa burguesa

Atualmente, é notória a cobertura parcial dos fatos e a hostilidade dos grandes meios de comunicação ou da chamada mídia hegemônica aos movimentos sociais e, em particular, aos sindicatos. Mas tudo isto não chega a ser novidade. Os jornais patronais daquela época chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.

No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.

Brutal repressão

Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.

Justiça de classe

A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.

A justiça revelou seu caráter de classe, burguesa e antioperária, quando levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O simulacro de julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

A defesa de Spies

August Spies fez a própria defesa no julgamento. Não se curvou aos carrascos da burguesia e reiterou suas convicções no futuro luminoso do movimento operário. Leia abaixo um pequeno trecho do seu último discurso:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também falou:

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Ele fez um relato da ação dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e proclamou seus ideais:

"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".

Execução

No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.

Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.



Primeiro de Maio em Portugal em 1974, após a Revolução dos Cravos

Internacional Socialista

No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional.

Na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.

No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".

O ideal da igualdade

Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século 19, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).

O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.

Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis.



Capitalismo e imperialismo

A realidade continua revelando cotidianamente a face perversa do capital, que não vacila em explorar o ao trabalho infantil, degradar a natureza e ampliar o desemprego e a pobreza. Ao longo do século 20 o capitalismo se globalizou, foi dominado por grandes empresas monopolistas e se transformou em imperialismo, um sistema em que as grandes potências exploram sem piedade a classe trabalhadora dos países mais atrasados e semeiam a guerra. O imperialismo é responsável por duas grandes guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945) e continua promovendo conflitos, como se vê no Oriente Médio (Iraque, Afeganistão e Líbia). O imperialismo é uma pedra no caminho da paz mundial ansiada pelos povos.

Em 2008 o sistema foi abalado pela crise mais grave de sua história desde a Grande Depressão de 1929. As consequências da crise são desiguais, mas não restam dúvidas de que a classe trabalhadora é sua principal vítima. Na Europa, os governos capitalistas querem desmantelar o chamado Estado de Bem Estar Social, nos EUA cerca de 8 milhões de postos de trabalho foram destruídos e no mundo mais de 30 milhões de trabalhadores foram acrescentados ao exército de desempregados. Os trabalhadores não estão passivos diante da ofensiva reacionária dos Estados capitalistas. O 1º de Maio deste ano vai refletir a luta em curso na Europa e em todo o mundo pela dignidade da classe trabalhadora, contra o capitalismo e por uma nova ordem política e econômica mundial.

Da Redação, com agências