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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Andrea Doria

Este micro-conto eu escrevi em 2004. É uma homenagem a Renato Russo, livremente inspirado em suas músicas. É bastante singelo, mas tenho muito orgulho dele.



Andrea Doria. 8 anos sem Renato (11/10/04)

‘Andrea Doria’ andava na beira do mar. Queria apenas sentir os pés descalços e o vento que sopra no litoral. Queria voltar pra casa, chegar antes das seis, pois quando o sol batia na janela de seu quarto, ela via o grande mar dourado de Angra dos Reis. Saiu correndo, então. Subiu e tomou um longo banho. Ao abrir a janela, via apenas metal contra as nuvens. Estava se formando a tempestade. A via Láctea já não se definia. Começavam a cair, gota a gota, e ela, quase sem querer, deixou os pensamentos se perderem no espaço. Andréa era distraída, dizia palavras repetidas e não gostava quando a noite não tinha luar. Andrea se sentia só... “Se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais”... Sempre havia! Havia Clarisse, Maurício, Eduardo e Mônica, e tantos outros dados viciados que rolaram sobre a mesa. Ah, Andrea, “o mundo anda tão complicado”! não há mais ninguém pra fazer um filme e o teu teatro dos vampiros acabou. A dança não é mais a mesma dos salões de tua infância, quando havia meninos e meninas, pais e filhos e todas as fantasias eram coloridas. Ah, Andréa... senta no chão do banheiro e chora. O pó não é mais de giz. A chuva lá fora não molha teu rosto, mas teu mar estará sempre lá.

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