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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dr. Mourão

Fala do Dr. Antônio Mourão Cavalcanti no I Encontro Pacto pela Vida – Maracanaú- CE

Sintetizo aqui, com minhas palavras, o que foi dito pelo Dr. Mourão no referido encontro que aconteceu no dia 24 de fevereiro de 2011.
Discorrendo sobre a prevenção do uso de drogas voltada para jovens, este renomado psiquiatra, foi bastante pontual. Em primeiro lugar, segundo ele, há 3 coisas que escolas e educadores não devem jamais fazer, porque não funcionam, quando querem trabalhar a prevenção: 1°) Palestra: isso é coisa pra adulto, e não pra adolescente. Adolescente vai em palestra porque é obrigado e fica geralmente lá pensando em outra coisa; não fixa nada do que é dito. O máximo que vai guardar é o que a professora “ameaçar”: presta atenção porque vai cair na prova. Passa a prova, ele já esqueceu. 2º) Palestra com ex-usuário: isso é um incentivo. Todo jovem é prepotente: eles vão ver a pessoa e vão pensar: o cara ta aí, ta bem; se ele conseguiu sair, porque eu não posso. 3º) Mostrar as drogas em feiras de Ciências: onde que se conseguiu estas drogas se não foi com o próprio traficante?
Segundo ele, os jovens não entram nas drogas achando que vão morrer. Eles entram para buscar a parte boa, o prazer. Todo jovem é prepotente e acha que tem controle sobre si mesmo. Se acontece algo errado com ele ou com alguém é porque “vacilou”. Então, não adiante dizer “Não use drogas. Faz mal. Mata”. É necessário buscar alternativas prazerosas, que mostrem as coisas boas da vida, que valorizam o jovem e suas habilidades. Os jovens não precisam de conselhos, eles precisam de estímulos.
É preciso também ser amigo dos jovens, ouvir o que eles tem a dizer, ter uma aproximação aberta e sincera. Se chegares como quem quer doutriná-lo, ele não irá ouvir. Primeiro torna-se amigo, depois ele ouvirá tudo que disser. Todavia, sem grandes “sermões”, mas ações cotidianas, pequenos gestos, conversas amigáveis, etc.
Neste tempo, ele conta a seguinte história ilustrativa: na antiga Paris, um homem caminhava e avistou um que vinha com uma carroça carregando pedras. O primeiro perguntou: o que você está fazendo? Ao que o outro respondeu, mal humorado: carregando pedras, não está vendo? E foi-se. Logo em seguida, vinha outro homem também carregando uma carroça com pedras, e aquele que estava caminhando, novamente perguntou: o que você está fazendo, e o outro respondeu, orgulhoso: construindo uma catedral. Era a Catedral de Notre-Dame, de Paris. Então, ele diz a platéia que se perguntam, o que você está fazendo e você responde “combatendo as drogas”, você é um “besta” como primeiro carregador. Não adiante se iludir, as drogas não tem fim e nunca terão. Você deve responder, quando lhe perguntarem “Eu estou lutando a favor da vida”.
E é assim também com a juventude. Ela precisa ser estimulada e valorizada. Não precisamos de jovens que carreguem pedras, e sim de jovens que construam catedrais.

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