queridos pet's

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amigos...

É desses textos que ficam circulando em correntes na Internet... mas enfim, apesar de chavão e conhecido, é bonito e verdadeiro...

Pra que serve um amigo?

Pra tanta coisa... não é? Para Instalar o XP no computador
e não cobrar nada, mesmo perdendo horas e horas a fio!
Para trazer muamba do Paraguai e quase ser preso!

Para emprestar o carro e recebê-lo de volta com multa

e 21 pontos na carteira.

Pra rachar a gasolina, emprestar a prancha,

recomendar um cd, dar carona para festa, passar cola,

caminhar no shopping, segurar a barra.

Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

A amizade é indispensável para o bom funcionamento

da memória e para a integridade do próprio eu.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises e choro, experiências.. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha.
Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta

o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um cd.
Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas para festa.
Te leva para o mundo dele e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola...
Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping.
Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo,

sai do fracasso ao teu lado.

Segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim, talvez, ninguém tem...

Se tiver um, amém!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sobre trabalho e educação (continuando...)

Uma citação de Marx que se relaciona com o "post" anterior (24/09) sobre o assunto:

“Não basta que haja, de um lado, condições de trabalho sob
a forma de capital, e, do outro, seres humanos que nada
têm para vender além de sua força de trabalho.
Tampouco basta forçá-los a se venderem livremente.
Ao progredir a produção capitalista, desenvolve-se
uma classe trabalhadora que por educação, tradição
e costume aceita as exigências daquele modo de
produção como leis naturais evidentes (...)"
(Karl Marx, O Capital, capítulo XXIV).

Retomando: há todo um sistema, que envolve desde o costume até a educação, que nos adestra a aceitar o modelo vigente como natural. Não basta mudar as relações sociais se a mudança social não for estrutural, questionando velhos costumes e tradições, desenvolvendo um pensamento crítico e realmente revolucionário.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Drummond...

Toada do Amor 

Carlos Drummond de Andrade


E o amor sempre nessa toada: 
briga perdoa perdoa briga. 

Não se deve xingar a vida, 
a gente vive, depois esquece. 
Só o amor volta para brigar, 
para perdoar, 
amor cachorro bandido trem. 

Mas, se não fosse ele, também 
que graça que a vida tinha? 

Mariquita, dá cá o pito, 
no teu pito está o infinito.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Educação... transformadora ou reprodutora?

Li um artigo interessante de Roberto Carlos Simões Galvão, intitulado "Educação, Trabalho e Cidadania", que discorre, com base na sociologia marxista, sobre o papel da educação na formação da Cidadania. Segundo o autor, a educação vem sendo responsabilizada como a saída para todas as mazelas sociais, como se, através dela, e somente através dela, fosse possível chegar ao mercado de trabalho e com essa chegada, ascender socialmente. Mostra que isso é uma visão bem típica do mundo capitalista, que moldura a educação nos padrões burgueses, reproduzindo e naturalizando suas desigualdades, domesticando o indivíduo ao mundo do trabalho e ao sistema neoliberal. Ele defende uma educação que desenvolva o lado crítico (e não que apenas treine para um mercado capitalista e uma vida burguesa) e mais, ela não pode ser vista como única saída; ela desenvolve sim a cidadania, mas deve ser associada a outras mudanças econômicas e sociais que são essenciais, como melhor distribuição de renda, prestação competente e abrangente de serviços sociais (saúde, saneamento, habitação, etc.), para aí, sim ser propulsora da cidadania e de uma verdadeira transformação social. Só assim desvinculará a cidadania do conceito do estado burguês que vê como cidadão aquele que consome e que respeita a ordem social estabelecida.
PS: Quem tiver um tempinho e interesse, procure o texto no "google" e leia na íntegra (está em pdf). Vale muito a pena.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A psicologia da delação by Luis Nassif

Recebi este texto por e-mail e achei a reflexão interessante...

A psicologia da delação by Luis Nassif

Esse caso do italiano é exemplar por permitir traçar o perfil psicológico do chamado delator público - aquele que se empenha no exercício da delação amparado por leis. É um tipo similar ao que eu costumava chamar de “assassinos na legalidade” - aqueles cidadãos que, sentindo que alguém transgrediu alguma regra ou lei, aproveitavam para exercitar seus instintos mais animalescos contra o presumível culpado. No meu livro “O jornalismo dos anos 90″ descrevo vários casos em que o linchamento se fazia supostamente amparado pela legalidade - com leis ou o clamor das ruas fornecendo o salvo-conduto para o linchamento.

O italiano estava na piscina com a filha, a esposa e amigos. Foi delatado por um casal - que a televisão protegeu, não identificando, do mesmo modo como se protege a quem delata grandes criminosos.

Os delatores estavam escudados em uma causa legítima em si: o combate à pedofilia que assola as capitais do nordeste. Com essa bandeira sagrada, se viram no direito de emitir julgamento sobre as carícias que o pai fazia em sua filha de 8 anos. Não se tratava de nenhum ato oculto, dissimulado. O pai estava fazendo carinhos na filha, era em um local público. Todas as testemunhas que assistiram não viram nenhum sinal de libidinagem. Prevaleceu o julgamento moral de dois deformados, que viram sinais de luxúria onde todos os demais viram sinais de carinho paterno, que apresentaram como prova dois beijos que o pai deu na filha no intervalo de 30 minutos.

Como prende-se uma pessoa, traumatiza-se sua filha, baseada em um julgamento moral de dois anônimos - que podem ser os deformados morais da história?

Pinçando o que saiu nos jornais, pinçando mesmo, porque nenhum teve a coragem de ir a fundo investigar as razões dessas testemunhas pervertidas, fica claro o somatório de detalhes que alimentou seu preconceito: o pai é italiano; a mãe uma mulata brasileira; a filha, uma menininha bem moreninha. De 8 anos. É impossível um pai branco ter carinho por uma filha mulata. O preconceito era contra a filha.

De nada adiantaram todos os atenuantes, de nada adiantaram todas as demais testemunhas negando terem visto qualquer ato malicioso. A malícia estava na cabeça dos pervertidos. A juíza terceirizou o julgamento moral e permitiu a prisão do pai, permitiu que ele fosse arrancado do convívio da família e jogado num xadrez.

No Recife, os advogados tentaram um habeas corpus com um desembargador. Só poderia dar depois de consultada a juíza - que não trabalha no feriado. E uma criança traumatizada esperando o final da folga dos meritíssimos.

Alguns comentários, aqui no Blog, de pessoas estranhas, dão uma boa dimensão de como é moldado esse comportamento fascista, típico para estimular delatores.

Um deles garantiu que, se comprovado que não é pai biológico, a culpa estará provada. Outra se baseou na lógica monofásica: a pedofilia é praticada por estrangeiros; o pai é estrangeiro; logo, só pode ser pedófilo.

Não adianta o exercício da razão, a busca de evidências, o raciocínio em cima do que saiu. À priori é culpado. Como diz uma outra ET, nos comentários, melhor errar por excesso do que por falta de punição. Como se o excesso não estivesse penalizando fortemente uma família inteira.

No episódio Escola Base, uma mãe desequilibrada levou o filho para ser analisado por uma psicóloga irresponsável, que estimulou o menino a fantasiar episódios que não ocorreram. Nada aconteceu com os delatores.

Nesse episódio, muito provavelmente o italiano foi vítima de dois deformados morais. Nada acontecerá com eles. Porque delataram tendo como álibi a defesa de crianças contra pedófilos - mesmo que a pedofilia, no episódio, só existisse na sua
imaginação.

.

sábado, 19 de setembro de 2009

Bonecas ou meninas?


Acho extremamente revoltante esses concursos de Miss infantil... Achei um blog criticando isso e fiquei, mais uma vez, horrorisada com as fotos... Quem tem estômago, de uma olhada nas outras fotos (essa ao lado já ilustra bem a "alegria natural" da menina):

                                                                                                      http://avenidacopacabana.blogspot.com/2007/10/as-bonitinhas-da-famlia.html

Quem submete suas filhas a isso, não as vê como mais que meras bonecas, com as quais se pode fazer o que quiser; deixam de ser humanos em formação. São adultos frustrados consigo mesmo, que vêem nessas meninas uma oportunidade de se autopromoverem. Devia haver uma punição para quem faz isso; mais, esses concursos deveriam ser proibidos. O filme Pequena Miss Sunshine ilustra bem esse pesadelo, de uma forma bem-humorada. E estes dias houve um "Profissão Repórter" falando sobre isso, mostrando as meninas chorando de sono e super-estressadas com a pressão, com dor de cabeça, enfim, verdadeiras torturas, que muita gente acha lindo!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

???


"A pessoa é mais autêntica quanto mais se parece com o que sonhou para si mesma". Personagem Agrado, Filme: Tudo sobre Minha Mãe (Almodovar)

Patrick Swayse - 1952/Eternamente





















Tem sido difícil escrever todos os dias, como havia me proposto. O que vou escrever agora, era pra ter sido escrito ontem, mas o tempo estava pra chuva, muitas trovoadas, e tive que desligar o computador.

Fiquei sabendo ontem sobre a morte de Patrick Swayse. Para os cinéfilos como eu, e para as gerações dos anos 80 e 90, que tiveram suas vidas marcadas por Ghost e Dirty Dancing, foi uma grande perda. Ele morreu nesta última segunda-feira, após lutar 20 meses contra um câncer.
Ghost e Dirty Dancing vão além das fronteiras do cinema, são mais do que clássicos. São filmes que marcam novas vidas, são simbolizam gerações, trazem lembranças. Lembro uma vez que assisti Dirty Dancing... tinha lá meus 12 anos e fiquei dias me imaginando dançando enlouquecidamente, cantarolando, pulando...
Com certeza, o céu ganhou mais uma grande estrela, ,que embalou sonhos, arrancou suspiros, deixando aqui na terra um mito, que será eterno.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Colares






Estou fazendo colares de tecido, miçangas, fitas... Ontem comecei a vendê-los e já na primeira venda, vendi três... estou muito feliz com isso... Tem sido um sucesso!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Amor, eterno amor...




Como ando muito romântica e felizmente apaixonada, vou colocar, para deleite da alma e, dos como eu, românticos, alguns poemas de Vinícius de Moraes, que tão maravilhosamente falou do amor... Dedico a todos os apaixonados, e em especial, ao meu menino, minha paixão, meu grande amor:

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Minha Namorada

Meu poeta, hoje estou contente
Todo mundo de repente
Ficou lindo
Ficou lindo
Eu hoje estou me rindo
Nem eu mesma sei de que
Porque eu recebi uma
Cartinhazinha 
De você
Se você quer ser minha
Namorada
Ai que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse
Jeitinho
De falar devagarinho 
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito
Carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque
E se mais do que minha
Namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada
Pra valer
Aquela amada pelo amor
Predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer
Morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só 
Dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela
Derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.


Ternura


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar 
  [ extático da aurora.





Sobre filmes e livros...

Em primeiro lugar, ontem fui indisciplinada e não postei nada... /-:

Mas o assunto de hoje:

Como é bom ler um livro ou olhar um filme... Não só pelo entretenimento, pela informação, pela aquisição cultural... Há muito mais do que isso! Quando lemos ou assistimos a uma boa história, é como viajar, é como viver outra vida, outros personagens, ou pelo menos, conhecê-los... Algumas pessoas, e tenho sorte de ser uma delas, se transportam para um mundo novo, se envolvem de forma profunda com algumas histórias narradas ou filmadas, ficcionais ou não. E mais do que isso, muitas vezes acabamos, durante ou depois, refletindo sobre nossa própria vida nossas atitudes, nossas relações, nosso relacionamento e mesmo em nossas atitudes... De certa forma, os livros e os filmes influenciam num processo de auto-conhecimento, de introspecção... é um olhar-se no espelho com outros olhos, ou por um ângulo novo... Ontem reasisti "PS. Eu Te Amo". Além dos suspiros clássicos,  quando acabou o filme, liguei para o Iuri: precisava dizer o que estava sentindo naquele momento... os momentos podem passar e pode ser tarde demais...

domingo, 13 de setembro de 2009

Utilidade Pública

1º MUTIRÃO DE CASTRAÇÃO DA COOPERATIVA DOS DEFENSORES DE ANIMAIS 
Estaremos realizando a campanha de castração no dia 20/09, á partir das 9h. 

Inscrições e informações através do e-mail: anai__garcia@hotmail.com

Telefone: 9971 1251 com Anaí

OBS: Felinos serão atendidos pela manhã e caninos à tarde. É importante não chegarem antes das 9h, para evitar problemas com vizinhos. Todos os felinos devem ser levados em caixa de transporte. É necessário levar cobertores para aquecer todos os animais após a cirurgia.

Link: http://cda-rs.blogspot.com/

sábado, 12 de setembro de 2009

Quintanares...


O amor é quando a gente mora um no outro. 

Mario Quintana


SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS 


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas. 

Mario Quintana ( In: Esconderijo do tempo)


OS POEMAS 

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso 
nem porto; 
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes 
que o alimento deles já estava em ti... 

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

BOM FIM DE SEMANA!!!


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre a compreensão...

"Se quiseres entender as árvores
Há de aprender o dialeto dos ventos".
Glênio Fagundes

Não há muito o que falar sobre essa belíssima frase. Cada um pode entender de um jeito. Achei ela importante pra hoje, não sei dizer bem porque. Mas me deu a sensação da necessidade de usar a sensibilidade pra entender as coisas, de tentar falar de outro jeito, fazer de outro jeito. é necessário buscar a compreensão; quando não estamos nos sentindo compreendido, quem sabe o problema sejamos nós que não estamos nos fazendo compreender? Converso bastante isso com o Iuri...
Mais do que entender, compreender... a chave pode está aí... Há muitas formas de entender... Mas e quanto a compreender?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Entre Caios, Tons e Renatos... (2)



Relendo um encarte da revista Caros Amigos, uma entrevista com o nosso grande maestro, Tom Jobim, me chama atenção como ele define o seu fazer musical, dando naturalidade e vida às notas e aos sons, numa maravilhosa sinestesia...

"E aí comecei a juntar um som com outro,
achava bonito, uns pareciam que brigavam,
outros pareciam que casavam,
eu ficava desconfiado". (Tom Jobim)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Crianças Invisíveis





























Sou uma viciada em cinema. Um filme que merece entrar para a lista dos meus preferidos é Crianças Invisíveis. O filme é uma reunião de sete curta-metragens, protagonizados por crianças de várias partes do mundo e dirigido pelos mais notáveis cineastas, inclusive a brasileira Katia Lund. Ele mostra o descaso com a infância, que sofre com a pobreza, com a guerra, conflitos familiares e as crianças que são invisíveis aos olhos da sociedade. Este filme merece ser visto e revisto, várias vezes, para que abramos nossos olhos e tornemos estas crianças visíveis. Há vários vídeos no Youtube relacionados ao filme, como trechos ou um documentário com a mesma temática. Vale a pena conferir.

Novas Bandeiras?

"Lembro um olhar limpo, como recém-amanhecido: essa maneira de olhar dos homens que acreditam". Eduardo Galeano

Os anos 60 e 70, até meados dos anos 80, vimos aflorar e empunhar bandeiras milhares de movimentos sociais querendo mudar o mundo, a forma de pensar, balançar as estruturas, e, de forma bastante particular, no Brasil, no combate a ditadura e, acompanhando o movimento mundial, na luta pelas conquistas de direitos das mulheres e combate a qualquer discriminação. Com a abertura democrática e com as novas decepções e crise da segunda metade dos anos 80 e dos anos 90, vemos porém, no Brasil, algo que se assemelha a uma estagnação de muitos movimentos sociais; as pessoas parecem desacreditadas, perdendo as causas pelo que lutar.
Porém, entra um novo milênio e o que estamos vendo? Muitos dizem que continuamos estagnados, cada vez mais ignorantes e mais egoístas. Será? Não acredito nessa visão tão pessimista. Há, como sempre houve, muitas pessoas que não se engajam, que não se esclarecem, porém, vemos todos os dias manifestações daqueles que ainda acreditam que "Um novo mundo é possível", utilizando o lema dos Fóruns Sociais Mundiais (e como estes ficam repletos de gente é a prova disso). Temos novas bandeiras? Algumas talvez, mas em geral, reinventamos movimentos da década de 60 e 70, com novas caras. Algumas premissas são novas, afinal, são tempos novos, mas ainda queremos um mundo mais verde e natural, com menos poluição, combatemos o desmatamento, não queremos alimentos sintéticos (transgênicos); queremos mais igualdade (com o reconhecimento e respeito às diferenças); queremos justiça e que os "grandes" também sejam punidos pelos seus crimes e roubos; queremos paz e que as armas sejam novamente substituídas por flores. Enfim, como antes, os movimentos ecologistas, feministas, negros, naturalistas, indígenas, continuam a se manifestar e talvez, em alguns casos, se manifestem ainda mais, pelo menos no Brasil, graças a abertura democrática. Vejo uma mudança, contudo na forma de engajamento. As pessoas não empunham mais bandeiras, todos os dias; elas não se filiam ou se engajam a uma única causa; são pessoas múltiplas, que apóiam múltiplas causas; que mesmo não estando numa reunião semanal ou todos os dias em um comitê, participam de manifestações, abaixo-assinado, se utilizam de novos meios para se informar e se manifestar, como é o caso das diversas páginas de internet. Enfim, vejo ainda alguma esperança e creio que um novo mundo é possível. Não somos tão apáticos como querem crer alguns pessimistas. Eles sim, os pessimistas, são apáticos e não querem ver os que estão lutando (mesmo que estes sejam minoria; será?). É necessário reconhecer essas novas formas de acreditar, talvez, menos escancarada, mas presente e válida, como todo e qualquer olhar limpo e recém-amanhecido.
(ilustração: imagens de Fórum Social Mundial, 2005, Porto Alegre-RS-BR)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E fica...

Continuando o assunto...
"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que o pra sempre sempre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou"...
Esses dias escrevi isso pros meus amigos, e como tem a ver com o texto do Caio, vou compartilhar aqui (recebi um texto que falava de uma síndrome dos 20 anos e meu comentário é baseado no texto):
É, tem mesmo essa fase... não com todos os itens para todo mundo, mas... Enfim, pra mim durou dos 22 até metade dos 24 (o tal do mestrado...) quando aos poucos a melancolia começou a virar doce saudade, aí me dei conta de que o passado não volta e o negócio é ir adiante... então, começa a busca pela serenidade... e agora, com 25, esta fase basicamente superada, continua a fase da busca pela serenidade... (-:
Como acontece com tudo na vida: PASSA! E engraçado que ontem eu comentava com a minha mãe algo semelhante... Pensei na possibilidade de um dia voltar a Santa Maria, para trabalhar. Sei que tudo seria diferente, eu seria diferente... Meus amigos, pouquíssimos ainda estão lá e com vidas muito diferentes, assim como eu. E daí me veio aquela música, pensando em cada um num canto (Porto Alegre, Rondônia, Mato Grosso do Sul/ futuramente, Caxias, etc.): "Meus bons amigos, onde estão? Notícias de todos, quero saber... Cada um fez sua vida de forma diferente..." E daí a gente fica pensando: e se pudéssemos manter-nos juntos, bem perto fisicamente (porque aqueles que mais nos valem, sempre mantemos algum tipo de contato)? Será que seríamos sempre os mesmos jovens loucos por tudo ao redor? Não funcionaria; cada um realmente tem que seguir o curso do seu próprio rio. Crescer é inevitável, meus caros; e se não acontecesse, se continuássemos nas nossas loucuras, na certa não teríamos as doces e saudosas lembranças que hoje temos.

Entre Caios, Tons e Renatos...

A intenção do blog é compartilhar citações, comentários sobre livros, filmes, músicas, etc. E ocasionalmente, algumas observações sobre o cotidiano. Começo então, com uma citação de Caio Fernando Abreu que li estes dias e que me fez ficar pensando nessas mudanças da vida (ainda estou na fase de pensar muito nessas transições. Será que isso passa?)... A gente muda, amadurece. Ainda bem. É o seguinte, então:

"Porque já não temos mais idade para,
dramaticamente, usarmos palavras
grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca".
Ninguém sabe como, mas aos poucos
fomos aprendendo sobre a continuidade
da vida, das pessoas e das coisas. Já não
tentamos o suicídio nem cometemos
gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não.
Contidamente continuamos. E substituímos
expressões fatais como "não resistirei" por
outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse é o nosso jeito de continuar, o mais
eficiente e também o mais cômodo, porque
não implica em decisões, apenas em paciência.”