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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Música Gaúcha Social e Política

João Chagas Leite é um cantor e compositor gaúcho, nascido em Uruguaiana. Entre os temas que canta, vemos uma constância de letras de cunho crítico, político e social. Cresci ouvindo "Ciranda" e sei que ela despertou em mim boa parte da minha vontade de luta. João Chagas Leite poderia ser adotado como mais uma voz dos movimentos sociais. Leiam e prestem atenção nas letras a seguir:

Ciranda

João Chagas Leite

É bem mais fácil, para alguém falar em flores
Quando o destino, fez de pétalas seu ninho
É bem mais doce, não sentir amargas dores
Tendo mil rosas a enfeitar o seu caminho

Porém nem todos, têm destinos semeadores
E a primavera, a bem poucos acalanta
Quem nada faz, muitas vezes colhe as rosas
Deixando apenas, os espinhos pra quem planta

Quem planta terra, cala a voz perante o forte
Ergue muralhas de riquezas e vaidades
Se faz a hora de erguermos vozes tantas
Pois se levanta uma nova realidade

Vamos dar as mãos nesta nova ciranda
Forjando junto um porvir bem mais risonho
Onde a injustiça, sejam rastros repisados
Já apagados, pela rosa azul dos sonhos

Vamos dar as mãos, e abrir as portas do coração
Pra um amanhã, claro e seguro
Embora o ontem, tenha sido flores mortas
Pois nunca é tarde pra quem quer plantar futuro

Alerta De Sangue

Vaine Darde / João Chagas Leite
Canção / Guarania

Esses homens que caçam que atiram e que matam
Fazendo da morte esporte e lazer
Não sabem por certo que um dia por perto
Os campos desertos também vão morrer.

E em cada estampido das armas fatais
Há um mundo perdido na vida que cai.

Vai ser temporada de caça outra vez
Lá vem espingarda, matança outra vez
Em cada espécie que aos poucos se some
Também morre um pouco da vida do homem

Falado:

No vôo detido das tardes do sul
Agoniza ferido um pedaço de azul
E a vida que prende ao eco de um bang
Nos deixa no verde um alerta de sangue.

Marcha Dos Aflitos

Vaine Darde / Jão Chagas Leite
Huapango

Os favelados dos descasos dos palácios
Ergueram cantos de famintos esperanças
E o batalhão marchara de pés descalço
Pedindo a queda do cabresto e da ganância.
Pois a bandeira da miséria desfraldada
Tremula colorida de remendos
Clamando terra pras insônias enxadas
Mostrando aos fortes que o amor venceu o medo.

Então as gaitas e violões pelas esquinas
Ecoarão fazendo oficio a voz do povo
Mostrando ao mundo que a América Ltina
Se descortina pouco a pouco um tempo novo.

As aldeias exiladas sobre as pontes
Se unirão aos horizontes das marquises
Encorporando aos aflitos e os errantes
Num batalhão esfarrapados de infelizes.
Mas a vaidade dos anéis, estrelas e luas
E a indiferença do poder em loucas mãos
Serão vencidos pela fome nua e crua
Para que em fim a liberdade seja pão.

Meninos Latinos

Meninos latinos paridos sem teto
Sem trato, sem tino famintos de afeto
Piratas da vida, heróis vagabundos
Sem ida, nem vinda perdidos no mundo.

Que pena tão jovens já órfãs de trato
Lavando automóveis, polindo sapatos;
Batendo carteiras, roubando maçã
Passando rasteira no próprio amanhã.

São craques da bola de olhos tristonho
Sentem na cola um cheiro de sonho
Sentem na cola um cheiro de sonho.
Mas pobres garotos por fatalidade
São simples aborto da mãe sociedade,
São simples aborto da mãe sociedade.

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